terça-feira, 16 de março de 2010

CONTEXTUALIZAR

Terça-feira, 16/3/2010

Cerca de um ano atrás fizemos um programa de páscoa para os alunos de pré à quarta série de meu colégio. Não sabíamos exatamente como explicar a morte de Jesus para crianças tão pequenas. Decidimos então trazer uma ovelha para o programa e com ela explicar o processo sacrifical de Israel. Ao final acho que me enrolei bastante pra conseguir explicar alguma coisa. Mas essa situação me levou a pensar sobre algumas coisas: será que nos preocupamos suficientemente com nosso próximo quando falamos de Jesus?Jesus se preocupava muito com a maneira de se achegar às pessoas. São inúmeras as situações em que se aproximou com muito cuidado e sabedoria de uma alma necessidade. Um desses exemplos é o da mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Jesus teve muito cuidado em despertar naquela mulher sua real necessidade: a água da vida. Os discípulos aprenderam de seu mestre. João, por exemplo, é o único que menciona que Jesus chamou seus discípulos de filhinhos. Anos depois essa seria a forma com que em suas cartas se referiria à igreja, filhinhos. Em outras palavras, João se preocupou com a maneira de melhor atingir seus ouvintes.Mas talvez a maior de todas as contextualizações tenha sido a vinda de Deus em carne humana ao nosso mundo. Você já parou pra pensar o q eu significa isso? O próprio Deus se fez homem para que nós O pudéssemos entender! Essa sem dúvida é a mais fantástica das preocupações com a forma de alguém aprender. Mas não se engane, contextualizar não é contemporizar.Muitos jovens com a desculpa de que estão seguindo a Cristo acabam indo a lugares que não deveriam, entrando em situações que não poderiam e se envolvendo com pessoas que certamente lhe prejudicariam. Tudo debaixo da desculpa de que Deus precisa buscar pessoas em todos os lugares. Isso é contemporizar, ou seja, abaixar o nível da mensagem sob a desculpa de ajudar outros. A verdade, entretanto, é que o que se quer é viver aquilo que os “buscados” fazem de errado.Querido, temos nos preocupado pouco com a forma de aprendizagem das pessoas. Não pensamos em como atingir pessoas em sua própria esfera. Devemos sem dúvida nos achegar àqueles que precisam de nós, mas sem nunca vender nossos princípios. Lembre-se que a igualdade atrai as pessoas, mas a diferença as transforma. Atraia o mundo com o amor de Cristo de um jeito jovem e o transforme com o caráter dEle refletido em você.


Pense: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se igual aos homens. Filipenses 2:5-7


Desafio: Pense hoje em como você realmente tem se preocupado em auxiliar aquela pessoa de difícil aproximação que você conhece. Será que ela não se interessa pelo seu cristianismo porque não quer ser igual a você? Se isso é uma verdade, ajoelhe-se diante de Deus e peça para que Ele o auxilie a vencer suas dificuldades e lutas.

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